"...Porque cada criança só tem um tempo de ser criança e nós adultos temos também um só tempo para ajudar cada uma que de nós precise!"
Fátima Lopes

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Cafap "ComVida" a Ler


Birras, venham elas!

As relações pais-filhos são muitas vezes dificultadas por pequenos monstros chamados birras. Há momentos, em que pensamos que estes monstros tomam conta dos nossos filhos, obrigando-os a descontrolarem-se, a serem agressivos, a deixarem de nos ouvir.
Estes comportamentos de oposição, os famosos “Nãos” fazem parte do desenvolvimento normal das crianças, permitindo-lhes ir construindo o seu sentido de autonomia e de serem uma pessoa diferente das pessoas dos pais. Estes comportamentos começam a surgir por volta dos 2 anos, e representam uma espécie de teste aos limites que os pais e outros adultos próximos vão impondo. Apesar de terem uma função importante em termos de desenvolvimento, cabe aos pais e educadores definirem e imporem estes limites, não caindo na rigidez ou na permissividade.
É difícil conseguir este equilíbrio. E é muito fácil, como pais, cometermos alguns erros que acabam por alimentar estes monstrinhos das birras. 
Para evitarmos estes erros, podemos utilizar alguns truques. Desde logo, sermos consistentes quanto aos limites que estabelecemos (a criança não sabe o que pode ou não fazer se o pai disser que pode e a mãe disser que não pode). Tentarmos negociar, de forma adequada à idade da criança (dar-lhe duas opções e deixá-la escolher). Não fazermos ameaças irrealistas nas quais as crianças não acreditam e que nunca são cumpridas (“Nunca mais vês televisão!”). Criarmos castigos concretos, definidos no tempo, e que retiram uma regalia à criança e relacioná-los com o mau comportamento (“Como não arrumaste os brinquedos, logo à noite não vês televisão!”).
Há um outro truque que é quase sempre esquecido e que é muito importante. Quando tentamos impor a disciplina às crianças, quase sempre nos focamos no que ela faz de mal; a ferramenta mais comum que utilizamos é a punição e não nos lembramos de uma outra, os elogios! Afinal, são os comportamentos positivos que queremos manter; para isto temos de lhes dar atenção! Elogiando as crianças nas situações em que há comportamentos positivos, estes tendem a ser aprendidos e repetidos. Com a vantagem da criança se sentir muito mais segura, capaz e autónoma, aprendendo ao mesmo tempo o que pode e não pode fazer. 
Da mesma forma como os comportamentos de oposição cumprem uma função desenvolvimental importante, é suposto que estes diminuam a partir de certa idade, quando as crianças começam a auto-regular os seus comportamentos sozinhas. Para além disto, elas vão construindo outras formas de expressar desacordo.
A manutenção dos comportamentos negativos e de agressividade pode ter implicações em termos da construção da identidade, do estabelecimento das relações futuras, da adaptação à escola e do desenvolvimento psicossocial global. Desta forma, devemos prestar atenção a sinais de alerta como: os pais sentirem falta de controlo sobre os filhos, sentirem que nunca são obedecidos, sentirem insegurança relativamente ao seu papel como pais; observarem na criança dificuldades escolares, dificuldades no cumprimento de regras, comportamentos agressivos, gritos, birras descontroladas…
Nestas situações, procurar ajuda especializada pode ser fundamental. Dependendo do caso, esta pode passar pelo acompanhamento psicológico da criança e/ou pelo aconselhamento parental. Este acompanhamento pode ajudar os pais a recuperar os recursos que julgavam perdidos no controlo das birras e dos maus comportamentos, quebrando o ciclo vicioso “mau comportamento dos filhos/desespero dos pais”. 
Isabel Braz
Psicóloga clínica e Terapeuta de casal/ Clínica Ser Família
Publicado no Diário de Aveiro do dia 16 de Janeiro de 2008

terça-feira, 22 de junho de 2010

Acção de Formação para Outubro

Irá decorrer no mês de Outubro a Acção de Formação:
A Acção de Formação tem por objectivo dotar os pais de melhores ferramentas para potencializar as suas competências enquanto peças fulcrais no desenvolvimento dos seus filhos e terá uma duração de dois dias, das 18:30h às 20:00h. Os dias e local serão anunciados em breve.
Os conteúdos programáticos tratados serão:
  • Diferentes estilos de educação;
  • Comportamentos disciplinares parentais;
  • Nutrição Psicológica;
  • Eficácia na Educação dos filhos.
Participe!

segunda-feira, 21 de junho de 2010


Como é a tua família? Vives com a tua mãe? Ou com o teu pai? Ou com os dois?
Talvez tenhas uma madrasta ou um padrasto e vários novos irmãos.
Ou talvez sejas adoptado, ou vivas com os teus avós.
Este livro esclarece a criança, de forma lúdica e instrutiva, sobre os diferentes tipos de famílias.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Quem ama, educa!


Obra literária do psiquiatra e educador Dr. Içami Tiba, considerada de referencia para pais e educadores, tem por objectivo orientar na educação e formação de cidadãos éticos.
Resumidamente, os pais têm de estar preparados para agirem como educadores e formarem cidadãos éticos, dignos; precisam colocar a educação dos filhos em primeiro plano, como prioridade.

Trecho do livro: “A família precisa funcionar como uma equipe. Todos os membros devem fazer o melhor que podem para não sobrecarregar ninguém”- alerta o especialista. Além disso, os integrantes da família que seguem os preceitos da Cidadania Familiar, não podem fazer em casa o que não devem fazer fora dela. “Na cidadania familiar todos têm seus direitos e deveres. Assim, o filho pode incorporar os deveres e torná-los gestos naturais como, por exemplo, guardar um brinquedo no lugar após a brincadeira. Essa forma de distribuição de direitos e deveres cria a responsabilidade”

domingo, 6 de junho de 2010

Poema aos pais

Na educação de nossos filhos
Todo exagero é negativo.
Responda-lhe, não o instrua.
Proteja-o, não o cubra.
Ajude-o, não o substitua.
Abrigue-o, não o esconda.
Ame-o, não o idolatre.
Acompanhe-o, não o leve.
Mostre-lhe o perigo, não o atemorize.
Inclua-o, não o isole.
Alimente suas esperanças, não as descarte.
Não exija que seja o melhor, peça-lhe para ser bom e dê exemplo.
Não o mime em demasia, rodeie-o de amor.
Não o mande estudar, prepare-lhe um clima de estudo.
Não fabrique um castelo para ele, vivam todos com naturalidade.
Não lhe ensine a ser, seja você como quer que ele seja.
Não lhe dedique a vida, vivam todos.
Lembre-se de que seu filho não o escuta, ele o olha.
E, finalmente, quando a gaiola do canário se quebrar, não compre outra...
Ensina-lhe a viver sem portas.

Eugênia Puebla